Arquivo para 14 de outubro de 2011

Black Hole

Nos arredores de Seattle, em meados da década de 70, um espectro sem nome ronda os pensamentos dos adolescentes locais. Uma praga insidiosa se dissemina pelo contato sexual e parece não poupar ninguém. Em cada um dos infectados, ela se manifesta de forma diferente – enquanto alguns se safam com simples manchas na pele, outros se transformam em aberrações, criaturas deformadas, vagas lembranças do que foram um dia. Para esses, não resta alternativa a não ser o auto-exílio em acampamentos precários, afastados da civilização.

É nesse clima de horror e insanidade que se desenvolve o enredo de Black Hole. Nele, a juventude é a porta de entrada do purgatório; o sexo, o início de um terrível pesadelo; e a vida, uma sinistra roda-viva que transforma tudo o que toca em uma espiral interminável de provações e injustiças.

Rupert Sanders dirigiu um curta baseado na obra de Charles Burns. Veja aqui.

Visto aqui.

Outro

marvel

Mais um anúncio, desta vez da Marvel, dos anos 60 (talvez 1965). Visto aqui.

Anúncio

TitanBooks

Um anúncio de Titan Books, publicado em 1987. Visto aqui.

O futuro do livro

Extratos de uma entrevista de Art Spiegelman em que ele discorre sobre os formatos digitais e o futuro do livro.

maus

Utilizo meios digitais para a maioria dos quadrinhos que faço atualmente e para projetar os próprios livros. A tecnologia que ameaça matar os livros tal qual os conhecemos – o “livro físico”, uma nova expressão em nossa linguagem – também está tornando possível que o livro físico seja mais bonito que os livros que existentes desde a Idade Média.

Atualmente, qualquer coisa feita para o iPad é como um espetáculo. Eu não estou interessado em espetáculo. É muito difícil fazer quadrinhos para algo tão passageiro. Uma vez estável, serei capaz de fazê-lo. Agora mesmo, estou muito contente de poder baixar um quadrinho do Museu do Quadrinho Digital e colocá-lo em meu iPad para ler.

O que nós estamos perdendo, culturalmente, mais rápido, além de recursos naturais e do petróleo e da idéia de democracia e justiça social, é a capacidade de concentração.

Se você vai ler e reler um livro, há mais motivos para que seja um livro real, por essa capacidade de concentração e de construir um relacionamento com ele, ao contrário da relação que você constrói com a sua tela, que premia a substituição. Mesmo no iPad ou no Kindle, você é recompensado por apertar um botão, é quase como algo pavloviano. Realiza-se uma pequena ação. E sempre ocorre uma pequena descarga de adrenalina. Mas essa descarga é diferente quando você vai virar uma página, como se fosse a tela de um cinema que te vai mostrar outra coisa.

Eu diria que, no futuro, o livro está reservado para as coisas que funcionam melhor como livro. De modo que, se necessito um livro de texto, que estará ultrapassada por causa das novas invenções tecnológicas, será melhor tê-lo em um formato no qual se possa baixar extras ou atualizações.

Nada disto tem a ver com o modelo de negócio. Tem a ver com a natureza de boutique do livro, a idéia de que, como disse McLuhan, quando uma tecnologia é substituída por outra tecnologia de tecnologia, a tecnologia prévia ou torna-se arte ou morre.

Lembro-me de anos atrás, sentado no meu terraço com muitos autores famosos. Eu estava trabalhando no livro The Wild Party para a Pantheon, tentando decidir se o lançava em encadernados de três partes ou em uma, e se deveria ter ou não sobrecapa. Então eu falei com esses escritores e perguntei o que eles prefeririam, e me perguntaram o que era o encadernado em três partes.

Não sabiam. Eles não sabiam nem como era o seu livro. E não havia razão para que devessem saber. Tenho certeza que se você entrevistasse qualquer um deles, também iriam te dizer que o importante é o livro como livro, porque eles, como eu, cresceram com essas coisas, mas assim todo o seu material pode ser transferido de forma relativamente fácil para o formato digital.

Eu nunca conheci um autor de quadrinhos que não soubesse em que papel seria impresso e em que tamanho iria imprimir. Isso tem uma base na semente do que você está fazendo. Claro que você pode reutilizar e ajustar se necessário, mas é feito com algo em mente. Tem uma base narrativa.

Isso é parte do que eu penso quando eu faço os meus livros. Eu diria que até mesmo o próprio Maus saiu de uma decisão formal. Não de “vou falar ao mundo sobre o Holocausto”, mas que saiu de “quero ver um livro que seja como os outros livros da estante e grande o suficiente para precisar de um marcador de páginas.”

Visto aqui.

Entrevista

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Neste link, uma entrevista de Neil Gaiman com Sir Terry Pratchett sobre seu (de Pratchett) mais recente livro da série Discworld, “Snuff: A Novel of Discworld” (compre aqui). Em inglês (a entrevista e o livro…).

Alan Moore

alan moore

Mais Alan Moore, versão Simpsons. Visto aqui. E aqui e aqui, você baixa os pdfs para montar dois papercrafts do magos.

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Visto aqui.